Por Zulmira Quinté
Por 31 anos, o Brasil viveu sob a truculência do regime de exceção. De 1964 a 1985, milhares de pessoas que se insurgiram contra a insanidade militar foram torturadas, mortas e dadas como desaparecidas. Os depoimentos daqueles que sobreviveram à truculência militar que regeu o país nesse período não deixam dúvidas de que a ideologia da farda era a violência. Oprimir e matar o povo eram oa pilares de sustentação dos generais da hora.
Quarenta e sete anos depois, os resquícios dessa ideologia da morte volta encarnada nos bolsonaros de plantão, que direcionam fuzis contra os negros e homossexuais. Os bolsonarianos qualificam a mulher negra como um ente promíscuo. São ultradireitistas, homofóbicos e racistas, orientados por ideias nazistas.
Eles têm voz dentro do Congresso Nacional. A maioria da sociedade brasileira sente repugnância por esses grupos, que ainda vivem o equívoco da supremacia branca, quando a ciência de alto nível já demonstrou que esse entendimento é uma aberração própria de mentes doentias.
Hoje, 31 de março ― uma data que não pode ser esquecida para não ser repetida ― o deletério Jair Bolsonaro vira sua baioneta contra o Ministério da Educação para, mais uma vez, atacar os homossexuais. Quão é estúpido esse parlamentar. Como é lastimável que indivíduos como ele cheguem ao maior fórum da democracia, o Congresso, onde os embates de idéias e propostas deveriam levar ao bem-estar da sociedade e não à divisão. Lamentável que tenhamos alguém dentro do Parlamento que incita a violência contra negros e homossexuais, que defende a segregação por etnia e orientação sexual.
É fundamental que, como no período da ditadura militar, a sociedade se insurja contra os bolsonarianos, que conspiram contra a equidade, as construções voltadas à cultura de paz, ao fim do racismo e da discriminação. É hora de ir às ruas e exigir do Parlamento uma resposta altiva contra os bolsonarianos. Gritar em bom tom que a sociedade brasileira não quer o Congresso contaminado por racistas, homofóbicos e sim lotado de homens e mulheres que reconheçam a pluralidade étnica, formadora da sociedade brasileira, e tenham disposição para construir políticas públicas voltadas à melhoria da qualidade de vida de todos.
Democracia social e econômica para todos. É hora de erradicar o bolsonarianos, ao menos, do Congresso Nacional.
Democracia social e econômica para todos. É hora de erradicar o bolsonarianos, ao menos, do Congresso Nacional.
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