19 de outubro de 2011

Conferência Distrital de Mulheres começa na sexta-feira

A 3ª Conferência Distrital de Políticas para as Mulheres do Distrito Federal começará amanhá, e vai até domingo, no Museu da República Honestino Guimarães. Para a abertura que ocorrerá às 19h desta sexta-feira, são esperadas autoridades das diversas esferas do Executivo, Legislativo e Judiciário, além de expressivo número de mulheres e movimentos sociais de todas as regiões do DF. No sábado (22), os trabalhos começam com a votação do Regimento da Conferência e, em seguida, serão realizadas mesas redondas, atividades em grupo, rodas de conversas conforme temário elencado para a 3ª Conferência.
No domingo (23), acontecerá uma grande plenária onde haverá a discussão e votação dos resultados dos grupos e a escolha das delegadas que representarão o Distrito Federal na Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.
Durante o evento sucederão momentos de homenagens a mulheres que tiveram sua trajetória voltada para a luta por um mundo de iguais, ou que prestam serviços relevantes à causa da emancipação das mulheres. Também serão homenageadas mulheres que foram vitimadas recentemente no DF, tornando-se ícones contemporâneos contra a violência doméstica.

PROGRAMAÇÃO -21 de outubro de 2011 – sexta-feira17h - Credenciamento
19h30 – ATO DE ABERTURA e homenagens
22h - Jantar

Dia 22 de outubro – sábado
8h30 - Plenária para votação do Regimento da III CDPM
9h45  - Pausa para o café
10h Mesa Redonda: “O Desenvolvimento do Distrito Federal e o Protagonismo das Mulheres”
Painelistas:
• Professora Doutora Lourdes Bandeira – UnB
• Olgamir Amância – Secretária de Estado da Mulher – DF
• Arlete Sampaio – Secretária de Estado do Desenvolvimento Social e Transferência de Renda – SEDEST- DF
• Josefina dos Santos – Secretária de Promoção da Igualdade Racial. – SEPIR-DF
• Fórum de Mulheres do Distrito Federal
• Marcha Mundial de Mulheres
• União Brasileira de Mulheres
12h30 – ALMOÇO
14h -  Trabalho em grupos

Total de 10 grupos conforme  os tópicos elencados no Temário da III CDPM
1- Autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho com inclusão social;
2- Educação inclusiva, não sexista, não racista, não homofóbica, não lesbofóbica;
3- Saúde das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos;
4- Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres;
5- Participação das mulheres nos espaços de poder e decisão;
6- Desenvolvimento sustentável no meio rural e na cidade, com justiça social e ambiental, e segurança alimentar;
7- Direito à terra e à moradia digna com toda a infraestrutura social , considerando as realidades específicas dos meios rural e urbano e comunidades tradicionais;
8- Cultura, comunicação e mídia  igualitárias  democráticas e não discriminatórias ;
9- Enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia;
10- Enfrentamento das desigualdades geracionais, com atenção especial às jovens e idosas.
18h - Encerramento dos trabalhos dos grupo
Dia 23 de outubro- Domingo
8h – Café da manhã
9h – Plenária para discussão e votação dos resultados dos grupos
12h – Almoço
14h - Escolha das delegadas para a  III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres
15h - Encerramento dos trabalhos da III CDPM

NADA MUDA

Em nota publicada no Painel da Folha de S.Paulo, a presidente Dilma Rousseff descartou a possibilidade de fundir a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), a SPM (Secretarias das Mulheres) e de Direitos Humanos num único Ministério. Garante que nada vai mudar na atual estrutura, no que se refere a essas pastas

18 de outubro de 2011

Negro é bandido em cartilha da Polícia Militar do DF


Zulmira Quinte
Entre os muitos equívocos do governo Agnelo Queiroz, mais um afeta diretamente a população de negros brasiliense. A Polícia Militar distribuiu um polêmico panfleto em locais de grande circulação — Rodoviária do Plano Piloto e Metrô — para orientar os passageiros do transporte coletivo sobre os cuidados que devem ter, a fim de evitar assaltos. Na imagem, dois negros protagonizam o papel de bandidos e a vítima é um senhor branco.
Por que dois negros são os bandidos? Para a população negra a resposta é óbvia: preconceito, racismo, discriminação etc. etc. Como não bastasse essa pequena lista de ofensas aos negros, não seria leviandade inferir que o compromisso do governo Agnelo, como de resto com a população em geral, não passou de discurso vazio de campanha.
Costumo lembrar a questão da saúde, que reproduz com todas as cores e texturas o mesmo cenário dos antecessores. Mas isso é uma longa conversa, que não cabe nesse momento.
Voltemos à cartilha infeliz, produzida pelo Batalhão da Polícia Militar da Esplanada dos Ministérios. (Veja que o lugar é um dos principais focos de irregularidades federais e os grandes vilões, até o escândalo da Veja envolvendo o ministro dos Esportes, Orlando Silva, só eram brancos.)
A cartilha não ganhou muito espaço na mídia impressa. Mas teve espaço bastante razoável nas emissoras de rádio desta segunda-feira (17). Estranho é que a recém criada Secretaria de Promoção da Igualdade Racial — imitação desidratada da Seppir, órgão ligado à Presidência da República — ficou caladinha.  
Vamos lá, promover os negros em silêncio para não incomodar.

Martin Luther King ao lado dois pais da nação norte-americana



Neste último domingo, 40 anos depois do seu assassinato, o líder negro Martin Luther King Jr.  teve seu legado reconhecido em Washington D.C. Ele ganhou um legítimo espaço no panteão dos heróis da nação estadunidense, no National Mall. O monumento de 9 metros é composto da imagem do pastor em relevo, dentro de uma rocha, em referência a um dos seus famosos discursos, no qual usou uma metáfora para explicar a luta pelos direitos civis “fora da montanha do desespero, uma rocha de esperança”.
O monumento foi inaugurado pelo presidente Barak Obama. O local escolhido é bastante especial. Somente os chamados “pais da nação” têm sua imagem naquele espaço. George Washington, Thomas Jefferson, Abraham Lincoln e Franklyn Roosevelt — todos ex-presidentes —, agora dividem sua glória com aquele que mudou a história do país, que até a década de 60 ainda tinha banheiros separados para negros e brancos.