29 de março de 2011

Fundação Palmares estuda representação contra Bolsonaro

O presidente da Fundação Palmares, Eloi Ferreira de Araújo, ficou indignado com as declarações do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) e avalia com o Deparamento Jurídico da instituição a adoção de medidas contra o parlamentar por racismo.
Eloi Ferreira de Araújo considerou configurado o ato preconceituoso, lembrando que racismo é crime inafiançável e imprescritível (Constituição Federal), estando sujeito a pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa (Lei nº 7.716). Enfático, ele disse  que as declarações do deputado ferem a dignidade humana e não podem ficar impunes, lembrando que foram dadas fora do Parlamento.

+ repercussão

Revista Quem – Em entrevista exclusiva a Revista Quem, advogado de Preta Gil confirma que a cantora ajuizará ações nas esferas cível e criminal contra o deputado Jair Bolsonaro pelos crimes de racismo e homofobia.  As comissões de Direitos Humanos e Ética da Câmara dos Deputados também serão notificadas para apurar possível falta de decoro parlamentar.

Jornal do Brasil – Cantora Preta Gil solicita ao Ministério Público apuração de crime de intolerância racial e homofobia contra o deputado Jair Bolsonaro. Em entrevista ao programa CQC, ao responder se aprovaria o relacionamento de seu filho com uma negra, o parlamentar disse que “não corria o risco” por que eles foram “muito bem educados” e não viveram num ambiente “como lamentavelmente” era o dela.

Estadão – Em entrevista na noite da segunda-feira, 28, ao programa CQC, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) deu declarações que tiveram grande repercussão nas mídias sociais e devem gerar reações de diversas entidades e militantes, como os movimentos gay e negro. Questionado sobre cotas raciais, disse: “Eu não entraria em um avião pilotado por um cotista nem aceitaria ser operado por um médico cotista.”

O Globo – Preta Gil se emociona e chora de indignação ao assistir o vídeo exibido pelo programa CQC com entrevista de conteúdo racista do deputado federal, Jair Bolsonaro. “Advogado acionado, sou uma mulher negra, forte e irei até o fim contra esse deputado, racista, homofóbico, nojento, conto com o apoio de vocês”.  Mensagem postada em seu perfil no Twitter.

A Tarde – Em resposta a uma pergunta feita por Preta Gil sobre a possibilidade de seu filho se envolver com uma mulher negra, o deputado Jair Bolsonaro responde: “Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu”, disse.

Folha de S. Paulo – Flávio e Carlos Bolsonaro defendem a atitude do pai, Jair Bolsonaro, que afirmou em entrevista ao programa CQC não “correr o risco” de um de seus filhos se apaixonar por uma mulher negra. E completou: “Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Para Flávio e Carlos, o pai não entendeu a pergunta.

Estadão – Deputados ameaçam representar no Conselho de Ética do Congresso Nacional contra declarações racistas e homofóbicas de Bolsonaro.

Na TV – O colunista Fernando Oliveira, do Portal IG, publicou carta aberta ao deputado federal Jair Bolsonaro, do PT do Rio de Janeiro, e ao programa CQC exibido na emissora Band. Na carta, Oliveira propõe a reflexão: “O programa é mesmo uma lufada de ar fresco no humor brasileiro. Mas até que ponto explorar esse tipo de situação pode de fato despertar uma reflexão mais apurada?”.

Correio 24 horas – O jornal baiano noticiou as declarações do deputado federal. A população considerou as falas racistas e homofóbicas. Jair Bolsonaro será processado por Preta Gil. Para ler a notícia completa clique aqui.

Twitter – Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro, defende pai dizendo que a “crítica” foi à postura de Preta Gil e não ato preconceituoso direcionado à população negra. “Bolsonaro não é racista nem homofóbico, é apenas contrário às cotas raciais e à apologia ao homossexualismo”.

Correio Popular – Brizola Neto afirma que a Constituição jurada por Bolsonaro deixa claro ser crime qualquer ato de racismo. Brizola Neto diz não saber se retratação de Bolsonaro a esta altura seria suficiente. 

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