Câmara dos Deputados vai ser palco de uma manifestação contra
o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) na próxima quarta (6).
O parlamentar revoltou seus colegas no Congresso Nacional e provocou a ira do movimento negro nacional e dos movimentos sociais em geral ao dar uma polêmica entrevista no quadro “O povo quer saber” do programa CQC, da TV Bandeirantes, na última segunda (28). O “Fora Bolsonaro” será à tarde e promete mobilizar centenas de pessoas. Bolsonaro "destilou veneno" contra negros e homossexuais.
Nas respostas aos telespectadores do programa, o deputado demonstrou sua homofobia e deu declarações racista, entre as quais não aceitar viajar em avião pilotado por cotistas ou ser atendido por médico que cursam Medicina como cotista.
Mas a parte mais polêmica foi ao responder à cantora Preta Gil, que perguntou o que ele faria se o filho dele se apaixonasse por uma negra. Bolsonaro disse que filhos dele não vivem em ambiente promíscuo como o que ela viveria.
“Ô Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja, eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o seu”, disse Jair Bolsonaro. Por conta dessas declarações, Jair Bolsonoro corre o risco de perder o mandato. Dois dias depois um grupo de 20 parlamentares ingressou com um pedido, junto à comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara pedindo uma investigação contra o deputado.
“Esta resposta caracterizada por evidente cunho racista culminava numa série de afirmações em desapreço a diversos grupos sociais e em apologia a graves violações de direitos humanos, no decorrer de toda a referida entrevista”, diz o texto da representação contra Bolsonaro. “Na realidade, têm sido recorrentes as manifestações de cunho racista proferidas pelo senhor Jair Bolsonaro nesta Casa e fora dela, contra diversos grupos sociais e organizações defensoras de direitos humanos, dentre as quais a própria comissão de Direitos Humanos e Minorias, da qual ele é membro suplente por designação do partido a que é filiado, o PP”, acrescenta o documento.
A representação lembra que “a difusão de conteúdos ideológicos por meio da mídia eletrônica é de conhecido poder de multiplicação” e que o “Senhor Jair Bolsonaro ao utilizar-se de um espaço midiático para propagar atos que configuram crimes, extrapola a liberdade de expressão para ofender a dignidade, a autoestima e a imagem não só da pessoa que fez a pergunta naquele momento, mas de toda a sociedade, uma vez que os direitos e princípios constitucionais ofendidos pertencem à toda a sociedade”.
Por fim a representação pede “a instauração do devido procedimento contra o deputado Jair Bolsonaro, para que seja:
1) Avaliada se a conduta do Deputado Jair Bolsonaro configura efetivamente a prática do crime de racismo;
2) Determinadas providências para requisição de vídeo tape do programa CQC à TV Bandeirantes exibido na noite de 28 de março de 2011 para melhor exame do caso;
3) Determinadas providências para requisição de transcrições de discursos do referido deputado nos quais se demonstram as práticas recorrentes de injúrias, ofensas à dignidade e incitação da discriminação e preconceitos, inclusive contra a Comissão de Direitos Humanos e Minorias;
4) Encaminhe à Corregedoria e, posteriormente, ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar abertura de processo sobre eventual quebra de decoro parlamentar”.
Nas respostas aos telespectadores do programa, o deputado demonstrou sua homofobia e deu declarações racista, entre as quais não aceitar viajar em avião pilotado por cotistas ou ser atendido por médico que cursam Medicina como cotista.
Mas a parte mais polêmica foi ao responder à cantora Preta Gil, que perguntou o que ele faria se o filho dele se apaixonasse por uma negra. Bolsonaro disse que filhos dele não vivem em ambiente promíscuo como o que ela viveria.
“Ô Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja, eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o seu”, disse Jair Bolsonaro. Por conta dessas declarações, Jair Bolsonoro corre o risco de perder o mandato. Dois dias depois um grupo de 20 parlamentares ingressou com um pedido, junto à comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara pedindo uma investigação contra o deputado.
“Esta resposta caracterizada por evidente cunho racista culminava numa série de afirmações em desapreço a diversos grupos sociais e em apologia a graves violações de direitos humanos, no decorrer de toda a referida entrevista”, diz o texto da representação contra Bolsonaro. “Na realidade, têm sido recorrentes as manifestações de cunho racista proferidas pelo senhor Jair Bolsonaro nesta Casa e fora dela, contra diversos grupos sociais e organizações defensoras de direitos humanos, dentre as quais a própria comissão de Direitos Humanos e Minorias, da qual ele é membro suplente por designação do partido a que é filiado, o PP”, acrescenta o documento.
A representação lembra que “a difusão de conteúdos ideológicos por meio da mídia eletrônica é de conhecido poder de multiplicação” e que o “Senhor Jair Bolsonaro ao utilizar-se de um espaço midiático para propagar atos que configuram crimes, extrapola a liberdade de expressão para ofender a dignidade, a autoestima e a imagem não só da pessoa que fez a pergunta naquele momento, mas de toda a sociedade, uma vez que os direitos e princípios constitucionais ofendidos pertencem à toda a sociedade”.
Por fim a representação pede “a instauração do devido procedimento contra o deputado Jair Bolsonaro, para que seja:
1) Avaliada se a conduta do Deputado Jair Bolsonaro configura efetivamente a prática do crime de racismo;
2) Determinadas providências para requisição de vídeo tape do programa CQC à TV Bandeirantes exibido na noite de 28 de março de 2011 para melhor exame do caso;
3) Determinadas providências para requisição de transcrições de discursos do referido deputado nos quais se demonstram as práticas recorrentes de injúrias, ofensas à dignidade e incitação da discriminação e preconceitos, inclusive contra a Comissão de Direitos Humanos e Minorias;
4) Encaminhe à Corregedoria e, posteriormente, ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar abertura de processo sobre eventual quebra de decoro parlamentar”.
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