tag:blogger.com,1999:blog-83958646552378739252024-03-13T12:52:26.168-03:00NEGRITUDE DFZulmira Quintéhttp://www.blogger.com/profile/09952848919036222275noreply@blogger.comBlogger137125tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-27380663613962943152015-04-06T01:00:00.000-03:002015-04-06T01:00:06.479-03:00Querido racista, bom apetite<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-dTHTZIv9o2k/VSG7EKGYkLI/AAAAAAAAATA/hgFYxCkmiAo/s1600/feijoada2.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-dTHTZIv9o2k/VSG7EKGYkLI/AAAAAAAAATA/hgFYxCkmiAo/s1600/feijoada2.jpeg" height="257" width="400" /></a></div>
<span style="color: #666666; font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: x-small;"><b>Por Rosane Garcia</b></span><br /><br />Racista, cuidado com o que você come. Se a repulsa pelos negros é imensurável, você terá que repensar o próprio cardápio. Pela boca que saem tantas ofensas e barbaridades, entram alimentos vindo de além-mar. O menu poderá contemplar iguarias e temperos trazidos pelos negros, pratos típicos dos colonizadores ou da cozinha indígena, que os africanos escravizados, com muita habilidade, adornaram com os sabores da terra. Mais: várias oferendas aos orixás ― divindades cultuadas pelos negros ― também foram levadas à mesa e fazem parte do trivial. De tão saborosas, muitas delas ganharam restaurantes especializados e se tornaram destino turístico para brasileiros e estrangeiros.<br /><br />Angu, pamonha, pimenta-malagueta, feijão preto, quiabo, carne-seca com abóbora, pipoca, acarajé, vatapá, caruru, feijão-fradinho, coco, café, banana, inhame, gengibre, amendoim, jiló, melancia... A lista é muito grande. Todos esses produtos e muitos outros são ou dão origem a quitutes da culinária afro-brasileira.<br /><br />A semente do dendê chegou ao Brasil colada no corpo do negro. Aqui, ganhou áreas imensas de plantio e, hoje, tem importância na balança comercial. Está entre as matérias-primas para o biodiesel ― curiosamente, é alimento que serve para mover máquinas. “Querem tudo do preto, mas não querem o preto”, ensina a médica Regina Nogueira, expert em segurança alimentar. O historiador e antropólogo Luís da Câmara Cascudo diz mais: “O azeite de dendê acompanhou o negro como o arroz ao asiático e o doce ao árabe”.<br /><br />Diante de algo tão vital, como o alimento, e a reconhecida contribuição do negro à gastronomia brasileira, temos mais motivos para lamentar a reação dos não negros à campanha #ah,branco, daumtempo contra o racismo dentro da Universidade de Brasília (UnB). A iniciativa, divulgada em microblogue(ahbrancodaumtempo.tumblr.com), ganhou expressão no portal do Correio. Vê-se que a brutalidade e a ignorância têm espaço reservado na academia, como elementos que fazem a diferença entre o saber, a sabedoria e o obscurantismo.<br /><br />A resposta dos racistas mostra, ainda, o quanto o sistema educacional do país desconsidera as diferentes matrizes étnicas que contribuíram para a composição do tecido sociocultural e econômico do país. O Estado continua refém dos colonizadores europeus e não consegue implementar a Lei nº 10.639/2003, que introduziu (apenas no papel) o ensino da cultura afro-brasileira na grade curricular nacional. Os detratores dos negros, na maioria das vezes, são covardes, como os que fizeram a contracampanha e se esconderam no anonimato. Mas, quem sabe, diante de saborosa feijoada não conseguirão repensar os ingredientes da própria existência? Bom apetite!<br /><span style="font-size: x-small;"><b style="color: #666666;"><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">(Artigo publicado na edição de hoje do jornal Correio Braziliense)</span></b></span>Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-25303877334028689062015-03-30T01:00:00.000-03:002015-03-30T09:36:52.754-03:00Negros: quem são e onde estão<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-_rFynoGEhn4/VRhaxvYKs2I/AAAAAAAAASw/kEkFhGhjOrg/s1600/FRENTE_1_230315.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-_rFynoGEhn4/VRhaxvYKs2I/AAAAAAAAASw/kEkFhGhjOrg/s1600/FRENTE_1_230315.jpg" height="231" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>A partir da esquerda: ministra Nilma Gomes, deputada Erika Kokay,<br />Renato Simões, Kota Mulangi, e Vera Lúcia, Semidh</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><b>Por Rosane Garcia</b></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">O sistema de cota étnico-racial adotado, inicialmente, para acesso às universidades federais, ganhou amplitude e incorporou o viés socioeconômico. Influiu no Censo 2010 e, há pouco tempo, tornou-se válido para os concursos públicos. Os maiores beneficiários são os negros e os índios e, agora, os grupos com menor renda. Os afrodescendentes compõem a maioria da população brasileira. Assim, a luta dos negros, hoje, vai além da erradicação do racismo, do preconceito ou da intolerância nas mais diferentes expressões. Eles buscam o resgate da própria história e da territorialidade. A resposta positiva seria reparadora ao crime de lesa-humanidade ― a escravidão ― do qual foram vítimas.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">O governo federal está aberto à discussão do tema. No último dia 23, por meio da ministra Nilma Lino Gomes, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, e do ex-deputado Renato Simões, integrante da equipe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Executivo prestigiou o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Tradicionais de Matriz Africana, coordenada pela deputada Érika Kokay (DF). </span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">A solenidade contou com a participação da secretária-adjunta da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Direitos Humanos do DF (Semidh), Vera Lúcia de Santana Araújo, da ex-ministra de Direitos Humanos, a deputada Maria do Rosário e vários outros parlamentares. Na plateia, mais de 60 líderes dos povos negros.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">“Queremos ser reconhecidos como povo. Temos língua, forma de nos alimentar e carregamos dentro de nós princípios civilizatórios. Precisamos lançar consulta pública nacional dos povos tradicionais de matriz africana a fim produzir o mapeamento que dirá o que somos, quem somos e onde estamos”, disse a médica Regina Nogueira, conhecida como Kota Mulangi, representante do Movimento Nação Bantu e integrante do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), dando voz à principal demanda dos afrodescendentes.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Parece provável que a resposta virá sem muita delonga. O governo federal trabalha intensamente para, em breve, fazer grande conclamação ao diálogo e à participação popular em três dimensões. A primeira se dará por meio de encontro com integrantes dos conselhos e das comissões nacionais, de 14 a 17 de abril próximo. O amplo fórum desencadeará debate e consulta à população por meio virtual voltados à formulação das diretrizes estratégicas para o Plano Plurianual (PPA) 2016-2019.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">A segunda dimensão tratará do Participa Brasil, considerando as 14 conferências nacionais convocadas. O intuito é melhorar a composição dos encontros, a participação digital, a metodologia e, se possível, instituir, para 2017 e 2018, ciclo de conferências, alinhado a novo sistema de colaboração popular, seja para a revisão do PPA 2020-2023, seja para o avanço da intersetorialidade das conferências, seja para diálogo entre os vários encontros que leve à formulação de um projeto de nação.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">A etapa contempla a demanda dos povos tradicionais de matriz africana, pois incide, de maneira transversal, nas políticas públicas voltadas às temáticas de gênero, diversidade étnico-racial, diversidade sexual. Enfim, abraça todos os temas de direitos humanos a fim de assegurar-lhes inserção na máquina da administração pública. Mas não elimina a consulta pública, levando em conta a autodeterminação e autoreconhecimento dos povos e indivíduos.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">O terceiro programa buscará transformar o portal Participa.BR, da Secretaria-Geral da Presidência, em plataforma digital voltada à participação social, ou seja, a tecnologia para potencializar a voz dos cidadãos e ampliar as possibilidades de influência dos grupos na formulação das políticas públicas.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><b>(Artigo publicado na edição de hoje do jornal Correio Braziliense)</b></span>Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-75289569016439390152014-11-25T17:30:00.003-02:002014-11-25T17:30:40.414-02:00Como no século 17<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-AItszXTflx8/VHTYOxkYFkI/AAAAAAAAAKE/F6kZ0kWeW1c/s1600/ZUMBI.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-AItszXTflx8/VHTYOxkYFkI/AAAAAAAAAKE/F6kZ0kWeW1c/s1600/ZUMBI.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<br />
<b style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Rosane Garcia</span></b><br /><br />Passados mais de três séculos, Zumbi está vivo entre os negros brasileiros, principalmente no meio daqueles que vivificam o Dia Nacional da Consciência Negra — 20 de novembro —, agora, uma data reconhecida pela Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. Em 319 anos, desde a dizimação do Quilombo do Palmares, com a morte do líder dos negros insurgentes, o Brasil não conseguiu superar as diferenças. O país ainda cultiva sentimentos e atitudes que não guardam nenhuma relação com a condição de ser humano. As diversas cores dadas à consciência mostram o quanto as pessoas são capazes desumanizar umas as outras, amparadas em valores rasteiros, como o racismo, os preconceitos e a discriminação socioeconômica.<br /><br />No século 21, ainda vigoram costumes (im)próprios dos anos 1600. Temos cidadãos submetidos à condição de escravos pelas castas dos mais diferentes setores do poder econômico. Em 2014, a Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo, do Ministério do Trabalho e Emprego, resgatou 423 trabalhadores em situação análoga à de escravos. De 1995 a julho último, foram libertadas do regime de servidão 46.927 pessoas pelos fiscais do governo federal. Os dados oficiais nem sempre retratam com fidelidade a realidade, mas compõem uma mostra expressiva da iniquidade existente no interior do país, patrocinada pela produção de carvão e pelo agronegócio, cujos lucros são, a cada ano, mais volumosos e de grande importância para o equilíbrio da balança comercial.<br /><br />O aviltamento à cidadania vem se alastrando também, de forma despudorada, pelos centros urbanos, por meio de renomadas empresas dos ramos da construção civil, da alimentação e do setor têxtil, que abastecem famosas grifes instaladas nos mais sofisticados centros de consumo de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, entre outras capitais. Em 2013, dos 151 estabelecimentos ficalizados, 64 eram urbanos e, desses, em 51 foram libertados 1.298 trabalhadores.<br /><br />Hoje, diferentemente do século 17, o tráfego de mão de obra não tem como mercado preferencial os países africanos. Ao lado dos negros, são exploradas pessoas de outras etnias em situação de vulnerabilidade socioeconômica nascidas no Brasil e em países vizinhos, como no Peru, no Paraguai, na República do Haiti, na Bolívia e na Argentina. Assim, os motivos que levaram Zumbi a construir o maior espaço de resistência contra a coisificação do humano têm pleno sentido na atualidade. A falta de consciência humana é crescente, frente à ganância desmedida e à incapacidade dos poderes do Estado em dar uma resposta rápida e com o rigor devido aos setores produtivos que tornam as pessoas força motriz para a expansão do lucro.<br />
.<span style="font-size: x-small;"><b style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="color: #666666;">(Artigo publicado na edição de 24 de novembro de 2014 do jornal Correio Braziliense) </span></b></span><br />
<br />Zulmira Quintéhttp://www.blogger.com/profile/09952848919036222275noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-39880279843499296002014-03-25T03:56:00.000-03:002014-03-25T04:16:25.488-03:00# Somos todas Cláudias<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-ftAuw_UAaR0/UzEmR5MNI5I/AAAAAAAAARg/ednfyX3ERjc/s1600/claudia-ferreira-da-silva.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-ftAuw_UAaR0/UzEmR5MNI5I/AAAAAAAAARg/ednfyX3ERjc/s1600/claudia-ferreira-da-silva.jpg" height="200" width="154" /></a><a href="http://2.bp.blogspot.com/-yLxrOMrheHo/UzEmX0lbM3I/AAAAAAAAARo/ra-LMPfs-fs/s1600/claudia-ferreira-da-silva_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-yLxrOMrheHo/UzEmX0lbM3I/AAAAAAAAARo/ra-LMPfs-fs/s1600/claudia-ferreira-da-silva_2.jpg" height="193" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Hoje, ato em repúdio ao racismo e à violência racial</span></i></div>
<br />
Com choque e revolta, nós, diversas mulheres negras em todo o Brasil, recebemos a notícia da morte de Cláudia da Silva Ferreira. Cláudia era moradora do Morro da Congonha, em Madureira, na cidade do Rio de Janeiro. Tinha 38 anos, trabalhava como auxiliar de serviços gerais, era mãe de 4 filhos e casada. No domingo, dia 16/03/2014, foi alvejada enquanto ia comprar pão para a sua família. A polícia, que estava presente e participou do tiroteio, pegou Cláudia ferida e coloco-a na traseira do camburão, alegando que ela seria encaminhada a uma unidade de saúde. Contudo, ao longo do percurso, o porta-malas da viatura abriu e Claudia foi arrastada no asfalto por 250 metros.<br />
<br />
Cláudia foi morta diante de sua família e de sua comunidade. Os policiais que prestaram esse tratamento à Cláudia estão aguardando julgamento em liberdade. A Presidenta prestou discretas condolências e algumas autoridades prestaram palavras de solidariedade. Porém, infelizmente nomes como o de Cláudia Silva Ferreira, vítimas da violência estatal contra mulheres negras, são rapidamente esquecidos pela mídia e por representantes da sociedade no poder político.<br />
<br />
Para nós, que temos a cor, a trajetória de vida, as famílias e os endereços similares aos de Cláudia, fica essa dor, essa angústia da ausência de respostas estruturais para um problema que sistematicamente massacra nossas famílias, nossas carnes, nossas cores.<br />
<br />
Sobra essa sensação continua de repetição, de mais um ou uma, da nossa morte iminente. Todas nós nos sentimos agora presas a esse camburão, tendo nossa cara arrastada nessa avenida de desalento que é ser mulher negra no Brasil.<br />
<br />
A morte de Cláudia foi premeditada e proposital. Ela já foi autorizada reiteradamente pela sociedade que naturaliza morte de pessoas negras, que permite que as forças de segurança atirem agora e nunca perguntem, que sequestram comunidades inteiras e as mantêm em cárcere dentro de suas casas, por medo de serem “confundidas com bandidos”, porque no Brasil, ser bandido é ter uma cor, e a pena para a cor é a morte.<br />
<br />
O racismo matou Cláudia, mas não só o dos policiais que executaram essa ação. A ação foi feita, também, por todos que se omitem quando casos como esse se repetem cotidianamente no país, por quem autoriza operações sanguinárias em comunidades, por quem permite esse tipo de tratamento dispensado a pessoas negras pelas forças de segurança, por quem não investiga mortes cometidas por policiais.<br />
<br />
Contudo, nós, as outras Cláudias, que ainda estamos vivas, não vamos nos calar. Enquanto estivermos aqui, seguiremos denunciando a violência estatal contra pessoas negras. E convocamos quem não compactua com o racismo a comparecer.<br />
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="color: #cc0000;">Por isso, convidamos todos para o ato<b> Somos Todas Cláudias</b>, hoje (25/3), a partir das 17h, na Praça Zumbi dos Palmares em frente ao CONIC.</span></span><br />
<br />
Em nome de Cláudia e de todas as mulheres e famílias negras vitimadas cotidianamente pela violência, convocamos este ato:<br />
<br />
* Pela investigação dos homicídios praticados por policiais e extinção dos autos de resistência;<br />
<br />
* Pela desmilitarização da polícia;<br />
<br />
* Pelo combate ao racismo institucional em TODAS as instâncias do Estado Brasileiro;<br />
<br />
* Por uma política de pacificação que não represente o SEQUESTRO de toda uma comunidade por uma polícia racista e violenta;<br />
<br />
* Por uma reparação financeira e simbólica à família e comunidade de Cláudia, e de todas as vítimas da violência estatal.Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-66194314710020922652014-03-23T20:03:00.004-03:002014-03-23T20:03:51.439-03:00Luta contra as desigualdades<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-r4j_C-vfau4/Uy9nzq8D--I/AAAAAAAAARQ/edBZ_N64b04/s1600/MULHER+SIMPOSIO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-r4j_C-vfau4/Uy9nzq8D--I/AAAAAAAAARQ/edBZ_N64b04/s1600/MULHER+SIMPOSIO.jpg" height="640" width="445" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">(Clique na imagem para ampliá-la)</span></b></td></tr>
</tbody></table>
<br />Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-82637393053905031862014-03-18T09:01:00.001-03:002014-03-18T09:01:06.522-03:00O DF é 57% negro <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-1LQ7zSYgSUc/UyeQreS-VaI/AAAAAAAAEgo/dVrkgWWu_2o/s1600/NEGROS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="228" src="http://3.bp.blogspot.com/-1LQ7zSYgSUc/UyeQreS-VaI/AAAAAAAAEgo/dVrkgWWu_2o/s320/NEGROS.jpg" width="320" /></a></div>
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name">
<b><span style="font-size: xx-small;"></span></b></h3>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-2276251618885399405" itemprop="description articleBody">
<br />
<b><span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"> Rosane Garcia</span></span></b><br /><br />
No passado, a palavra “pardo” substituiu as expressões “crioulo”,
“preto” e “negro” nas referências aos não brancos de ascendência
africana. Ela ficou tão arraigada entre as pessoas, que os negros a
usavam para definir a própria origem étnica, apesar de poucos saberem o
significado do que era ser pardo. Até mesmo nos documentos oficiais
(Certidão de Nascimento, Carteira de Identidade), a cor do indivíduo era
parda.<br /><br />Estudo da Companhia de Planejamento do Distrito Federal
(Codeplan), intitulado Análise das Relações de Raça/Cor, com base na
Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad 2010-2011) mostrou
que 57,52% dos 2,3 milhões de brasilienses são negros. Eles são maioria
em 17 das 31 regiões administrativas. Em todo o país, os
afrodescendentes somam 51%. Ou seja, no DF, eles superam a média
nacional. Mas esse não é único fenômeno revelado pelo estudo. Para
surpresa dos pesquisadores, os jovens do DF se autodeclaram negros, sem
qualquer constrangimento.<br /><br />Com mesma intensidade emergem desse
cenário as contradições, que ressaltam as desigualdades e reforçam
estereótipos. O negro brasiliense é maioria em relação aos não negros
nos segmentos com menor renda e escolaridade. Embora a capital do país
tenha pouco mais de meio século, as diferenças socioeconômicas impõem
profundos desafios ao Estado, na formulação de políticas públicas que
eliminem as diferenças entre os afrodescendentes e o restante da
sociedade. Nesse ambiente de desigualdade, eles têm sido o segmento mais
vulnerável. De acordo com o Mapa da Violência 2013, no DF e no Entorno,
quase 90% das vítimas de mortes violentas são negros de 15 a 29 anos.<br /><br />A
cobrança por políticas voltadas aos negros vai além daquelas que
assegure a inserção dele nas universidades ou combata o racismo e a
discriminação. A demanda é por políticas sociais integrais que
interfiram na qualidade de vida do indivíduo e garantam educação para a
cidadania. <br />
<span>(<b>Artigo publicado na edição de 17 de março do jornal Correio Braziliense</b>)</span></div>
Zulmira Quintéhttp://www.blogger.com/profile/09952848919036222275noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-24869942686819761502014-03-18T08:37:00.005-03:002014-03-18T08:41:55.706-03:00Democracia racial ainda é uma farsa <h3 class="post-title entry-title" itemprop="name">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-nsx6Q3RIAIA/Ux0lyIiRPSI/AAAAAAAAEeU/GVHjg4Q5dUs/s1600/negros_brancos.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-nsx6Q3RIAIA/Ux0lyIiRPSI/AAAAAAAAEeU/GVHjg4Q5dUs/s1600/negros_brancos.jpg" height="320" width="312" /></a></h3>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Rosane Garcia</strong></span><br />
<br />
No Distrito Federal e no Entorno, quase 90% das vítimas de mortes
violentas são homens negros de 15 a 29 anos, conforme o Mapa da
Violência 2013, elaborado com base em estudo do Ministério da Saúde. Não
é exagero afirmar que, em relação a qualquer outro grupo étnico, o dado
indica que estamos diante de um processo genocida. Mas, como se trata
de negros, as evidências são diluídas em meio a conclusões que relegam a
plano inferior o que é cristalino mesmo aos que têm pouca visão.<span style="font-family: inherit;"><br /></span><br />
Esse processo de violência vem crescendo. Quando ele não se expressa
pelo ataque com armas letais, avança nas agressões verbais, a fim de
impor uma condição de inferioridade, que não existe, aos negros.
Manifesta-se ainda pelo bloqueio de oportunidades sociais e econômicas.<span style="font-family: inherit;"><br /><br />Poucas
semanas atrás, uma australiana expeliu toda a sua repulsa aos
afro-brasileiros ao ofender uma manicure. No Rio de Janeiro, um ator
negro foi confundido com um assaltante e amargou 15 dias de cadeia.
Diante do depoimento da vítima, que fora assaltada por um homem negro, o
primeiro que passou diante de agente policial se tornou culpado. Não
houve esmero na apuração, pois o fato de ter a pele preta torna o
indivíduo culpado. Na semana passada, o noticiário esportivo destacou as
manifestações de racismo contra um árbitro e trouxe à tona situações
vexatórias impostas a ídolos do futebol e de outras práticas esportivas
que são negros.<br /><br />Matar ou cometer o crime de injúria racial
significa que a decantada democracia racial brasileira nunca deixou de
ser uma farsa. O Estado não admite o extermínio deliberado de
afro-brasileiros, motivado pelo racismo, para fugir de embaraços
diplomáticos. Mas a segregação está presente nas relações sociais e
divide fortemente os grupos étnicos que vivem no país, com graves
prejuízos aos afrodescendentes.<br /><br />Na última década, o governo
federal reconheceu ─ não como esperava a maioria dos negros ─ a
necessidade de estabelecer políticas públicas para os afrodescendentes. A
mais polêmica medida foi as cotas para acesso às universidades
federais. Mas, há de se convir, que essas ações estão muito aquém das
exigências reais do povo negro do Brasil, cuja vida está ameaçada.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: xx-small;"> [Texto publicado na edição de 10/3 do jornal Correio Braziliense]</span></b></span></div>
Zulmira Quintéhttp://www.blogger.com/profile/09952848919036222275noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-69405893165763705222012-11-14T13:20:00.001-02:002012-11-14T13:20:15.498-02:00Novembro Negro: Lançamento de livro dia 19<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-vo7LlpYT5oA/UKO2j2c4J8I/AAAAAAAAAQc/eK4j4m6x1H0/s1600/CABELO+RUIM.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-vo7LlpYT5oA/UKO2j2c4J8I/AAAAAAAAAQc/eK4j4m6x1H0/s400/CABELO+RUIM.jpg" width="260" /></a></div>
<br />Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-18239079667913359202012-10-14T12:45:00.001-03:002012-10-14T12:46:18.122-03:00DILMA VAI CRIAR COTA PARA NEGRO NO SERVIÇO PÚBLICO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-C7dkL1zoxd8/UHrdaS2mXsI/AAAAAAAAAQE/dzmTjOUqA2U/s1600/IGUALDADE+RACIAL2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://3.bp.blogspot.com/-C7dkL1zoxd8/UHrdaS2mXsI/AAAAAAAAAQE/dzmTjOUqA2U/s200/IGUALDADE+RACIAL2.jpg" width="192" /></a></div>
<span style="font-family: inherit;">JOÃO CARLOS MAGALHÃES<br />NATUZA NERY<br />FOLHA DE S.PAULO | BRASÍLIA<br /><br />O Palácio do Planalto prepara o anúncio para este ano de um amplo pacote de ações afirmativas que inclui a adoção de cotas para negros no funcionalismo federal. A medida, defendida pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff, atingiria tanto os cargos comissionados quanto os concursados.O percentual será definido após avaliação das áreas jurídica e econômica da Casa Civil, já em andamento.<br /><br />O plano deve ser anunciado no final de novembro, quando se comemora o Dia da Consciência Negra (dia 20) e estarão resolvidos dois assuntos que dominam o noticiário: as eleições municipais e o julgamento do mensalão. O delineamento do plano nacional de ações afirmativas ocorre dois meses depois de o governo ter mobilizado sua base no Congresso para aprovar lei que expandiu as cotas em universidades federais.<br /><br />A <a href="http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1168874-dilma-vai-criar-cota-para-negro-no-servico-publico.shtml?fb_action_ids=424235110959479&fb_action_types=og.recommends&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582">Folha</a> teve acesso às propostas. Elas foram compiladas pela Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) e estão distribuídas em três grandes eixos: trabalho, educação e cultura-comunicação. A cota no funcionalismo público federal está no primeiro capítulo: propõe piso de 30% para negros nas vagas criadas a partir da aprovação da legislação. Hoje, o Executivo tem cerca de 574 mil funcionários civis.<br /><br />No mesmo eixo está a ideia de criar incentivos fiscais para a iniciativa privada fixar metas de preenchimento de vagas de trabalho por negros.Ou seja, o empresário não ficaria obrigado a contratar ninguém, mas seria financeiramente recompensado se optasse por seguir a política racial do governo federal. Outra medida prevê punição para as empresas que comprovadamente discriminem pessoas em razão da sua cor de pele. Essas firmas seriam vetadas em licitações.<br /><br /><b><span style="color: #cc0000;">EDUCAÇÃO E CULTURA</span></b><br /><br />No campo da cultura, há uma decisão de criar incentivos para produtores culturais negros. Na semana passada, a ministra Marta Suplicy (Cultura) já anunciou que serão lançados editais exclusivos para essa parte da população.<br /><br />No eixo educação, há ao menos três propostas principais:</span><br />
<span style="font-family: inherit;">1) monitorar a situação de negros cotistas depois de formados; </span><br />
<span style="font-family: inherit;">2) oferecer aos cotistas, durante a graduação, auxílio financeiro; <br />3) reservar a negros parte das bolsas do Ciências sem Fronteira, programa do governo federal que financia estudos no exterior.<br /><br />A implantação de ações afirmativas é uma exigência do Estatuto da Igualdade Racial, aprovado pelo Congresso em 2010, o último ano do segundo mandato de Lula.<br /><br />Segundo o estatuto, é negro aquele que se diz preto ou pardo --juntas, essas duas autodefinições compõem mais da metade dos 191 milhões de brasileiros, de acordo com o Censo de 2010.<br /><b><span style="color: #cc0000;"><br />ESSENCIAL</span></b><br /><br />O plano é tido no governo como essencial para diminuir a desigualdade gerada por diferenças de cor e ampliar a queda na concentração de renda na última década.<br /><br />Nesse sentido, o plano, ao usar unicamente critérios raciais, seria mais cirúrgico do que o sistema de cotas aprovado pelos congressistas em agosto, que reserva metade das vagas nas federais para alunos egressos de escolas públicas e, apenas nessa fatia, institui a ocupação prioritária por negros e índios.<br /><br />Politicamente, será um forte aceno da gestão Dilma aos movimentos sociais, com os quais mantém uma relação distante e, em alguns momentos, conflituosa --como durante a onda de greves de servidores neste semestre.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-7HTn26zqy3g/UHrdlq1KjpI/AAAAAAAAAQM/GfBRutzPR18/s1600/ACAO+AFIRMATIVA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="307" src="http://2.bp.blogspot.com/-7HTn26zqy3g/UHrdlq1KjpI/AAAAAAAAAQM/GfBRutzPR18/s400/ACAO+AFIRMATIVA.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">clique na imagem para ampliar</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-37665583731135735242012-06-11T12:02:00.000-03:002012-06-11T12:02:11.095-03:00Falta sair do armário contra a corrupção<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-3AV1jVNfB7o/T9YIH_SkaSI/AAAAAAAAAP4/oV94XClPlLo/s1600/PARADA+GAY2012.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/-3AV1jVNfB7o/T9YIH_SkaSI/AAAAAAAAAP4/oV94XClPlLo/s400/PARADA+GAY2012.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Parada Gay 2012 ocupa a Avenida Paulista: mais de 200 mil pessoas</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Delius; font-size: 10pt; line-height: 120%;">Milhões de brasileiros foram para a
Avenida Paulista neste domingo em defesa de direitos iguais para os
homossexuais. Discriminados, achincalhados, associados a palavrões, espancados
e assassinados apenas por não serem heterossexuais, como se a orientação sexual
fosse condição sine qua non para definir o caráter de um indivíduo. São vítimas
de programas de televisão, dos legisladores e das religiões. Eles são tratados
como párias de uma sociedade que pretende torná-los invisíveis ou
exterminá-los. Mas eles estavam lá, lotando a Avenida Paulista com cores
exuberantes e, como ninguém, deram exemplo de que é possível protestar com
civilidade e respeito aos fundamentos de uma cultura de paz. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Delius; font-size: 10.0pt; line-height: 120%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Não tenho formação acadêmica para uma
análise mais profunda desse fenômeno que arrasta multidões. Mas lamento que a
mesma capacidade de mobilização não ocorra em relação à classe política local e
nacional que tantos malefícios impõe à sociedade, sem qualquer discriminação de
classe ou de gênero. As páginas de política dos jornais se confundem com as de
polícia. Não lemos outra coisa senão escândalos movidos à corrupção, desvios de
recursos públicos. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Delius; font-size: 10.0pt; line-height: 120%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Com raríssimas exceções, os políticos se
tornaram danosos aos interesses coletivos. O espaço é ocupado pelos que se
definem heteros e que legislam em proveito próprio, que utilizam do vil
instituto do fórum privilegiado para assaltar o erário e emergem diante das
câmeras de tevê como ícones da probidade, condição que nem sequer sabem o
significado. É hora de a sociedade ir às ruas, não importando a opção sexual,
para fazer uma ampla faxina no Legislativo. Não será preciso lotar a Avenida
Paulista ou a Esplanada dos Ministérios. Esse movimento é silencioso e está na
ponta dos dedos de cada um por meio do seu voto. Basta que todos queiram sair
do armário contra a corrupção no país.</span></div>Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-62628221519838957262012-02-23T13:36:00.002-02:002012-02-23T13:44:25.422-02:00Agefis fecha 10 terreiros de umbanda e candomblé sem documentos no DF<h3 class="post-title entry-title"><br />
</h3><div class="post-header"></div><div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-NlCSwDtz9vQ/T0ZZT3OO_oI/AAAAAAAACp8/u39MBCnIktU/s1600/TERREIRO+FECHADO-DF.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://2.bp.blogspot.com/-NlCSwDtz9vQ/T0ZZT3OO_oI/AAAAAAAACp8/u39MBCnIktU/s400/TERREIRO+FECHADO-DF.jpg" width="400" /></a></div><br />
<span style="font-size: small;"><i style="font-family: inherit;">Sem alvará de funcionamento, eles foram fiscalizados por causa<br />
do barulho.Presidente de entidade afirmou que locais não fazem atividade econômica</i></span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br />
A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) fechou 10 terreiros de umbanda e candomblé em Planaltina nos últimos dias. Eles não tinham alvará de funcionamento e, segundo o órgão, foram fiscalizados porque vizinhos reclamaram do barulho.<br />
<br />
Após ser notificado duas vezes, o terreiro de Mãe Noeli de Ossanhi, em Planaltina, foi interditado em fevereiro. Os atabaques estão cobertos e não podem ser tocados. O documento entregue pela Agefis diz que o local exerce atividade econômica sem alvará de funcionamento.</span> <span style="font-size: small;"><br />
<br />
Segundo a Central das Religiões de Matriz Africana do DF, a Afrocom, existem em Planaltina mais de cem terreiros de candomblé e umbanda e pelo menos dez foram notificados. A presidente, Mãe Neuza de Souza, ficou incomodada com a classificação dos templos como locais de atividade econômica. “Não fazem atividade econômica, são filantrópicos”, afirmou.</span> <span style="font-size: small;"><br />
<br />
A Agefis informou que a lei distrital de licença de funcionamento, de 2009, classifica os templos religiosos como exercício de atividade econômica. Por isso, eles também precisam de alvará de funcionamento.</span> <span style="font-size: small;"><br />
<br />
Terreiros que não apresentarem o documento serão fechados. Pais e mães de santo reclamam da dificuldade para conseguir a documentação. A Administração Regional de Planaltina não estaria mais expedindo o alvará. O administrador diz que o documento só é emitido se for apresentado também o habite-se, que muitos imóveis não têm.</span> <span style="font-size: small;"><br />
<br />
<b>Fonte: G1 DF, com informações do DFTV</b></span> </div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br />
<br />
<b><span style="color: #990000;">COMENTÁRIO DO BLOG</span></b></span> <span style="font-size: small;"><b><br />
<br />
</b></span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> </span> <br />
<div><span style="font-size: small;"><span style="color: #990000;"><b style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Cumprimento do dever ou intolerância religiosa velada?</b></span><b style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><i><span style="color: #990000;"><br />
</span></i></b></span></div><div style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i><span style="color: #990000;">Será que a mesma providência será tomada em relação às igrejas que funcionam em quadras residenciais no Plano Piloto e, principalmente, nas regiões administrativas? Hoje, a cidade está tomada por templos instalados em casas ou em áreas comerciais e não é preciso nenhum grande esforço para constatar essa nova realidade que conspira contra o projeto urbanistico as cidades e distorce a finalidade dos espaços destinados à moradia. Será que haverá uma caça aos terreiros de umbanda e candomblé do Distrito Federal, levando em conta a grande influência dos evangélicos na administração pública? </span></i></span></div><div style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i><span style="color: #990000;">O argumento de que o som dos terreiros incomodam a vizinhança não deixa de ser plausível. No entanto, falta ao Governo do Distrito Federal uma política justa e correta que estabeleça áreas para a edificação de templos da religiosidade de matriz africana.</span></i></span></div><div style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i><span style="color: #990000;">Há décadas, os terreiros de umbanda e candomblé são alvo, como de resto outros setores organizados da sociedade, do descaso do governo local. </span></i></span><br />
<span style="font-size: small;"><i><span style="color: #990000;">Mas o que não dizer do BARULHO que os evangélicos fazem com os seus hinos transmitidos em grandes caixas de som? Será que também não incomodam? </span></i></span></div><div style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i><span style="color: #990000;">A ascenção do atual governador e a criação de uma coordenação de defesa da igualdade racial suscitou uma tímida esperança de que houvesse mais equidade. No entanto, percebe-se que há uma perpetuação de políticas avessas aos interesses da religiosidade de matriz africana. Em contrapartida, há benefícios incontáveis aos que são evangélicos e alargam a base de sustentação política de um governo seriamente questionado nas suas ações.</span></i></span><br />
<span style="font-size: small;"><i><span style="color: #990000;">A ação da Agefis reforça a suspeita de que há dois pesos e duas medidas para balizar a ação dos fiscais. </span></i></span></div><div style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div></div>Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-38267424487876119012012-01-08T23:54:00.000-02:002012-01-08T23:54:59.540-02:00Ouvidoria da Câmara realiza ação de combate à intolerância religiosa O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, 21 de janeiro, será celebrado em Salvador, com um ato ecumênico realizado no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O evento, que é resultado do projeto “Unidos Contra a Intolerância Religiosa”, elaborado através da parceria entre a Ouvidoria da Câmara Municipal de Salvador, o Centro de Educação e Cultura Popular (Cecup) e a União de Negros pela Igualdade (Unegro), acontecerá no sábado (21/01), às 9h.<br />
<br />
O projeto, que conta com o apoio do Governo do Estado, da Fundação Cultural Palmares, do Ministério Público Estadual (MPE) e Federal (MPF-BA), e da Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro (Fenacab), prevê ainda a veiculação de uma campanha publicitária com o objetivo de promover o respeito à diversidade religiosa. A divulgação será feita através de outdoors e de chamadas em emissoras de rádio durante toda a segunda quinzena deste mês.<br />
<br />
No dia da culminância do projeto, participantes de diversas matrizes religiosas se encontrarão na Reitoria da UFBA para uma manhã de celebração e reflexão sobre o tema. Autora do Projeto de Lei que instituiu o 21 de janeiro, como Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa, a ouvidora-geral da Câmara, vereadora Olívia Santana (PCdoB), defende a iniciativa e ressalta a importância da celebração. “A luta contra a intolerância religiosa é diária. Mas, a demarcação de um dia é também muito importante para que o assunto seja colocado em discussão. Esta data carrega um enorme simbolismo para aqueles que lutam pela liberdade religiosa. 21 de janeiro foi o dia em que Mãe Gilda deixou de estar conosco, mas é também o dia em que nos tornamos mais fortes para enfrentar esta terrível mazela”, declarou Olívia.<br />
<br />
A vereadora esclarece que o projeto, que envolve a veiculação da campanha publicitária e o ato ecumênico, tem como principais objetivos o estabelecimento do diálogo entre as religiões, a promoção do respeito à diversidade religiosa e a liberdade de credo, além da afirmação da laicidade do Estado. “O resultado que se espera de uma ação como essa, é de que mais um passo seja dado para a superação da intolerância religiosa. Que se possam estabelecer relações respeitosas e harmoniosas entre as religiões, e que avancemos democraticamente na afirmação do Estado laico”, pontuou Olivia.<br />
<b><br />
Serviço</b><br />
<i>Realização do projeto “Unidos Contra a Intolerância Religiosa”; <br />
Promoção: Ouvidoria da Câmara Municipal de Salvador, Centro de Educação e Cultura Popular (Cecup) e União de Negros pela Igualdade (Unegro)<br />
Quando: Ato Ecumênico, sábado (21/01), às 9h; veiculação da campanha publicitária, durante a segunda quinzena de janeiro;<br />
Onde: Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia. Rua Augusto Viana, s/n, Canela</i>Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-56514435772761079252011-11-12T16:31:00.000-02:002011-11-12T16:31:35.117-02:00Negros querem maior representação política<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-gExvt_6_WLM/Tr67XtaqKZI/AAAAAAAAAPk/JsTv4EsVea4/s1600/4%25C2%25BA+UNEGRO-CARTAZ.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="330" src="http://4.bp.blogspot.com/-gExvt_6_WLM/Tr67XtaqKZI/AAAAAAAAAPk/JsTv4EsVea4/s400/4%25C2%25BA+UNEGRO-CARTAZ.jpg" width="400" /></a></div><br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><b>| Lourenço Canuto | Agência Brasil | </b></span><br />
<br />
Cerca de mil representantes da população negra estão reunidos em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, no 4º Congresso Nacional da União de Negros pela Igualdade (Unegro). Mais de 600 delegados de todos os estados estão presentes no evento, que vai se encerrar amanhã (13/11). Segundo o presidente da entidade, Edson França, o tema central do encontro é o compartilhamento do poder por negros e negras.<br />
<br />
“Significamos nada mais nada menos do que 50,7% da população brasileira. No entanto, a proporção de afrodescendentes nas escalas do poder político e na representatividade popular é bastante escassa", destacou França, em entrevista à Agência Brasil. Para ele, "essa sub-representação da população negra tanto tem conteúdo político como econômico".<br />
<br />
A ouvidora da Câmara Legislativa de Salvador, a vereadora Olívia Santana, avalia que o financiamento das campanhas políticas com recursos públicos "é uma bandeira que deve ser de toda a sociedade, porque só assim a população negra terá vez nas urnas". Ela citou a própria trajetória política para mostrar as dificuldades que encontrou, por falta de recursos, para conseguir uma vaga na Câmara dos Deputados. Olívia contou que em 2006 obteve 45 mil votos, o que, no entanto, não foi suficiente para ela conseguir se eleger para o cargo de deputada federal pela Bahia.<br />
<br />
"Nos moldes atuais, o setor privado é que banca a maior parte das despesas de campanhas e, como os representantes negros são mais pobres, estão alijados do processo econômico, dificultando o financiamento privado", lamentou.<br />
<br />
Para a vereadora, o governo deveria indicar mais negros para cargos de primeiro escalão. Ela defendeu que, no Judiciário, a população negra também precisa ter mais representantes, ao lembrar que no Supremo tribunal Federal (STF) há apenas um ministro negro, Joaquim Barbosa, indicado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.<br />
<br />
Olívia acredita que a exclusão do negro na sociedade se deve "à predominância da ideologia da dominação, da discriminação" que o afasta do processo representativo.<br />
<br />
O presidente da Unegro defendeu que as centrais sindicais precisam dar mais ênfase aos interesses da população negra nos seus programas de trabalho. Ele exemplificou que um profissional afrodescendente "costuma ganhar nas empresas sempre um salário menor do que um branco”. Edson França destacou que as centrais defendem a população negra, mas acha que "essa mentalidade precisa ser reforçada" na luta sindical.<br />
<br />
O coordenador-geral de Agentes de Pastoral Negros, Nuno Coelho, reconhece que houve avanços em favor da população negra dos anos 80 para cá, com o processo de redemocratização do país, depois da ditadura militar. Ele defendeu, no entanto, maior visibilidade da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir) no governo atual.Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-56444507506451012862011-11-12T16:23:00.000-02:002011-11-12T16:23:06.198-02:00Dia Nacional da Consciência Negra agora é lei<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-WJRKurEoYLU/Tr65HQ8SbwI/AAAAAAAAAPc/6f0_ms77-jU/s1600/20+DE+NOVEMBRO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="390" src="http://4.bp.blogspot.com/-WJRKurEoYLU/Tr65HQ8SbwI/AAAAAAAAAPc/6f0_ms77-jU/s400/20+DE+NOVEMBRO.jpg" width="400" /></a></div><br />
A presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou ontem (10) a Lei 12.519, que institui o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, a ser comemorado, anualmente, no dia 20 de novembro, data do falecimento do líder negro Zumbi dos Palmares. A resolução oficializa uma iniciativa bem-sucedida dos movimentos sociais negros, iniciada em meados dos anos mil novecentos e setenta.<br />
<br />
Hoje, incorporado ao calendário das escolas e de muitas outras instituições públicas e privadas, o 20 de Novembro destaca-se como um evento cívico vibrante e de grande participação popular.<br />
<br />
“As justas homenagens que prestamos a Zumbi e seus companheiros e companheiras exprimem o reconhecimento da nação às lutas por liberdade e pela afirmação da dignidade humana de africanos e seus descendentes que remontam ao período colonial”, declara a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros.<br />
<br />
O Dia Nacional da Consciência Negra, já celebrado em 20 de novembro, é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. Apesar do ponto alto da celebração coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, a cada ano as atividades alusivas à data são expandidas ao longo do mês, ampliando os espaços dedicados à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade.<br />
<br />
Um número cada vez mais significativo de entidades da sociedade civil, principalmente o movimento negro, tem se mobilizado em todo país, em torno de atividades relativas à participação da pessoa negra na sociedade em diferentes áreas: trabalho, educação, segurança, saúde, entre outros temas.<br />
<br />
Neste Ano Internacional dos Afrodescendentes – instituído por Resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Nacional da Consciência Negra ganha caráter internacional. No Brasil, o ápice desta celebração será o AfroXXI – Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodecendentes, que acontece em Salvador, de 16 a 19 de novembro. O evento reunirá representações de países sul-americanos, caribenhos, africanos e ibero-americanos, em torno de debates acerca da situação atual desses povos nas regiões participantes.<br />
<br />
A comemoração do 20 de Novembro como Dia Nacional da Consciência Negra surgiu na segunda metade dos anos 1970, no contexto das lutas dos movimentos sociais contra o racismo. O dia homenageia Zumbi, símbolo da resistência negra no Brasil, morto em uma emboscada, no ano de 1695, após sucessivos ataques ao Quilombo de Palmares, em Alagoas. Desde 1997, Zumbi faz parte do Livro dos Herois da Pátria, no Panteão da Pátria e da Liberdade.Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-30230020347472616802011-11-10T16:19:00.002-02:002011-11-10T16:19:56.728-02:00Justiça Militar condena sargento evangélico por constrangimento a soldado candomblecista<b>Brasília - </b>O Superior Tribunal Militar (STM) manteve, dia 3 último, por unanimidade, a condenação do sargento do Exército J.R.M a dois meses de prisão pelo crime de constrangimento ilegal, capitulado no artigo 222, parágrafo primeiro, do Código Penal Militar (CPM). O sargento, pastor de uma igreja evangélica, teria apontado uma pistola carregada na cabeça de um soldado, praticante do candomblé, para "testar" a convicção religiosa do subordinado.<br />
<br />
Segundo a denúncia do Ministério Público Militar (MPM), em 8 de abril de 2010, no interior da reserva de armamento do 1º Depósito de Suprimento, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), o terceiro-sargento J.R.M dirigiu-se, com uma pistola em punho, até a bancada do soldado que fazia a manutenção de fuzis. O graduado municiou e carregou a arma e depois a apontou para a cabeça do soldado. Em seguida mandou a vítima realizar uma contagem, de um a três, indagando se ele teria mesmo o "corpo fechado".<br />
<br />
Em depoimento, o réu afirmou que o ofendido é praticante de candomblé, tendo inclusive várias marcas no corpo que indicavam que ele estaria protegido por divindades.<br />
<br />
Com a arma apontada, o sargento teria perguntado à vítima se ela tinha certeza daquilo que estava afirmando. O soldado, então, respondeu "sim", sem esboçar qualquer manifestação de temor. Segundo os autos, a munição usada pelo réu era de manejo, utilizada para treinamento, sem potencial ofensivo (sem pólvora ou projétil). Porém, a vítima não tinha conhecimento do detalhe.<br />
<br />
Segundo o MPM, o soldado foi constrangido a fazer o que a lei não manda, pois viu-se obrigado a manifestar-se sobre sua convicção religiosa e sob a mira de uma arma, o que "consistiu num verdadeiro teste de fé religiosa".<br />
<br />
Ainda segundo a promotoria, os depoimentos das testemunhas confirmam as versões dos fatos. "Todos os elementos do tipo penal estão presentes. O réu, mediante grave ameaça, compeliu o ofendido a colocar em prova a sua fé", afirmou a acusação.<br />
<br />
De acordo com a promotoria, a liberdade de consciência e de crença é um dos direitos fundamentais esculpidos na Constituição Federal, ficando evidente ?que a motivação foi a intolerância religiosa?.<br />
<br />
O acusado afirmou ter baixado a arma porque percebeu que não tinha procedido corretamente. Afirmou que, posteriormente, chamou a vítima e se retratou com ela dizendo estar arrependido e relatado que a munição era de manejo. O sargento também informou que se retratou perante o padrasto do ofendido e que ele mesmo comunicou o fato ao seu comandante. O réu arguiu, em sua defesa, que trabalha há 22 anos com armamento, tendo perfeito conhecimento das normas de segurança. E como utilizou arma de manejo, considerava que a sua conduta não tinha sido incompatível com as normas de segurança.<br />
<br />
O advogado do acusado afirmou que a conduta do réu teve o intuito de admoestar (censurar) e não o de constranger o soldado e requereu a sua absolvição por "não constituir o fato infração penal", com base no artigo 439, alínea b, do Código de Processo Penal Militar (CPPM).<br />
<br />
Em seu voto, o relator da apelação, ministro Francisco José da Silva Fernandes, negou provimento ao apelou e manteve íntegra a sentença de primeiro grau. "O fato se reveste da maior gravidade, pois o acusado é graduado, tem mais de vinte anos de serviço e teve uma conduta altamente reprovável", afirmou.<br />
<br />
Para o magistrado, o acusado deixou claro o seu inconformismo em razão de sua crença religiosa, dizendo que era inadmissível alguém se considerar com o "corpo fechado" e resolveu testar a fé do ofendido.<br />
<br />
Ainda segundo o relator não procede a alegação da defesa de que a confissão espontânea, nesse caso, resulte na atenuação da pena, prevista na alínea d, do inciso 3º, do artigo 72, do Código Penal Militar (CPM). "A minorante só é aplicada quando a autoria do crime é ignorada ou imputada a outro, realidade diversa do caso em concreto".<br />
<b><br />
Fonte: Superior Tribunal Militar </b>Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-37837754959195209262011-11-09T23:08:00.000-02:002011-11-09T23:08:29.578-02:00População negra movimenta R$ 637 bilhões por ano no Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-m0bj3OfpzeA/Trsj2BlxRtI/AAAAAAAAAPE/9qqe1-kLx10/s1600/NEGROS12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="281" src="http://1.bp.blogspot.com/-m0bj3OfpzeA/Trsj2BlxRtI/AAAAAAAAAPE/9qqe1-kLx10/s400/NEGROS12.jpg" width="400" /></a></div><b> Rio de Janeiro </b>- A população negra no Brasil é responsável por movimentar R$ 673 bilhões por ano, segundo um estudo do Data Popular, encomendado pelo Fundo Baobá. Entre 2004 e 2011, houve um crescimento do grupo, que totalizava 48,3% da população e agora corresponde a 51,7%.<br />
<br />
O levantamento indica um aumento de negros entre os membros da classe C, que passaram de 34%, em 2004, para 45% em 2009. No topo da pirâmide, a expansão da população de negros foi de 4%, enquanto na classe E houve uma redução de 7% para 2% no período.<br />
<br />
Entre os bens de consumo que a população negra teve mais acesso se destacam máquinas de lavar roupas, que cresceu de 19,9% em 2004 para 30,6% no ano de 2009, e computadores, com aumento de 8% para 24,5% no período. Já as compras de televisões (93,4%), geladeiras (90%), rádios (84,7%) e fogões (97,7%) apresentaram pouca evolução.<br />
<br />
Um total de 67,6% da população negra está mais otimista a respeito do crescimento de sua renda, enquanto entre o grupo considerado não-negro, a expectativa é de 60,5%. Apenas 20% dos membros dos negros brasileiros possuem carro e entre o restante dos habitantes que não se consideram negros, a posse de automóveis chega a 41%. A forma de pagamento dos veículos mais utilizada por esta parcela da população é o financiamento bancário (38,3%), seguido de perto pelo pagamento a vista (32,7%), financiamento oferecido pelas lojas (15,7%) e crediário (7,7%).<br />
<br />
<b><span style="font-size: x-small;">Fonte: Exame.com</span></b>Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-78285962921565026032011-11-09T22:51:00.000-02:002011-11-09T22:51:40.390-02:00Luziânia debate aplicação da Lei Maria da Penha<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-rkkXMPJXI4c/Trsf8JJRD0I/AAAAAAAAAO8/Q88jT4dyEuw/s1600/violencia-mulher2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-rkkXMPJXI4c/Trsf8JJRD0I/AAAAAAAAAO8/Q88jT4dyEuw/s400/violencia-mulher2.jpg" width="378" /></a></div><div style="font-family: inherit;"><br />
</div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> Com o objetivo de facilitar a capacitação de lideranças e profissionais para o enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher em suas atividades, o Ministério Público de Goiás promove, nesta sexta-feira (11/11), na cidade de Luziânia, o Seminário “Violência Doméstica – uma superação coletiva, 5 anos da Lei Maria da Penha”.<br />
O evento acontece no auditório do Tribunal do Júri, na Av. Neilor Rolin, antiga Av. Sara Kubitscheck, Qd. MOS, Lt. 07-B, Parque JK, numa promoção conjunta dos Centros de Apoio Criminal e de Direitos Humanos e do Cidadão, das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos da Mulher de Luziânia e Goiânia, Escola Superior do Ministério Público e Núcleos de Gêneros.<br />
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<b>Luziânia: primeira promotoria especializada no interior</b><br />
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A promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos da Mulher de Luziânia foi instituída por ato da Procuradoria-Geral de Justiça em junho último, sendo a primeira especializada no interior. A promotoria entrou em funcionamento propriamente dito no dia 22 de setembro de 2011.<br />
A comarca foi contemplada com a especializada, em razão da existência de um trabalho anterior - implantação do Núcleo de Gênero, que aconteceu no começo do ano, dentro do convênio com o Ministério da Justiça. Luziânia também é a única cidade do Entorno a possuir delegacia especializada de violência contra a mulher.<br />
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<b>Entorno: histórico de violência</b><br />
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No município, duas promotorias de justiça atendiam, em meio às suas muitas outras demandas e atribuições, denúncias de violência doméstica e familiar praticadas contra a mulher. Em 2010, 40% das denúncias recebidas pelas promotorias tratavam dessas práticas. Nos três primeiros meses deste ano, em uma das promotorias, 56% das 75 denúncias recebidas eram referentes à violência doméstica, enquanto na outra esse número atingiu 48,5% das 103 denúncias recebidas.<br />
A 6ª Promotoria de Justiça de Luziânia, então, até em função da crescente demanda, passou a ter atribuição exclusiva para a defesa dos direitos da mulher. Em funcionamento há pouco mais de um mês e, mesmo sem que muitos moradores tenham conhecimento da novidade, foram recebidos na promotoria, apenas nesse curto período, 95 inquéritos policiais de casos envolvendo a violência doméstica. Não estão computados nas estatísticas da promotoria os dados relativos às ações penais em tramitação, por não haver Vara específica para tais casos. Também, em razão da greve do Judiciário local, poucas ações penais estão sendo remitidas ao MP, mas sabe-se que historicamente há um grande número de processos dessa natureza.<br />
Segundo informações da promotoria, atualmente, a maioria das mulheres busca o órgão para obter medidas protetivas, em razão da prática de crime de ameaça por parte dos agressores. Há casos também de pedidos de prisão preventiva, quando o agressor já responde à ação penal.<br />
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<b>Objetivos concretos</b><br />
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Além de divulgar para a comunidade o trabalho da promotoria especializada, o que se pretende é o fortalecimento de toda a rede de apoio e a capacitação de multiplicadores que lidam com o tema no seu dia a dia.<br />
Estão confirmados no seminário, além dos representantes do MP, os titulares e servidores das Secretarias de Saúde, Educação e da Promoção Social e Trabalho. Delegados, juízes, assistentes sociais e profissionais das áreas de atendimento voltado para a mulher e e interessados no tema também estarão presentes.<br />
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<b>Campanha Nacional: exibição de vídeo</b><br />
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Na abertura do evento, será exibido o vídeo idealizado pelo Ministério Público do Espírito Santo, e adotado nacionalmente pelo CNPG sobre o assunto. Denominado “Margarida”, a vinheta de 30 segundos mostra o poder destrutivo da violência doméstica, principalmente a cometida contra a mulher.<br />
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<b>Programação</b><br />
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O evento será aberto pela representante da Comissão Permanente de Combate à Violência Doméstica e Familiar (Copevid), do Grupo Nacional de Direitos Humanos do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais, Rúbian Côrrea Coutinho. Participam da solenidade também os coordenadores dos Centros de Apoio Operacional Criminal e de Direitos Humanos e do Cidadão, Bernardo Boclim e Maurício Gebrim e a titular da Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher de Luziânia, Marina Mello.<br />
Na primeira parte da atividade, que acontece das 9 às 12 horas, haverá mesa de debates sobre os desafios na efetivação da Lei Maria da Penha. Para falar sobre o assunto, a docente da UNB e doutora em Antropologia, Lourdes Maria Bandeira e o promotor de Justiça do MPDFT Fausto Lima, que conta com mais de 10 anos atuação em temas ligados à questão de gênero. Presidirá essa mesa a titular da 6ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos da Mulher de Luziânia, Marina Mello de Almeida.<br />
No período da tarde, entre 14 e 17h30, será realizada a oficina vivencial “A força da rede”, com destaque para a importância do trabalho em rede para o enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher no município. Na oficina, Fausto Lima e Lourdes Bandeira serão os expositores, e terão como facilitadoras as promotoras de Justiça Marina Melo e Rúbian Corrêa Coutinho, da 63ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos da Mulher de Goiânia.<br />
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<b>Trabalho de fôlego</b><br />
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Desde o início do ano, a promotora de justiça Marina Mello tem desenvolvido ações contínuas para garantia dos Direitos da Mulher na comarca. Assim, já foi evidenciada à administração municipal a necessidade de criação da Casa Abrigo ou Casa de Passagem para mulheres em situação de violência. O Núcleo de Gênero também já foi apresentado às autoridades municipais, oportunidade em que foi feita uma explanação detalhada sobre o tema e distribuição de material didático, com o apoio da imprensa local.<br />
Ainda no primeiro semestre, foram proferidas palestras a mais de 850 professores da rede municipal de ensino sobre o tema, com distribuição de cartilha sobre Lei Maria da Penha. A abordagem sobre o assunto foi feita também para cerca de 200 mulheres representantes do programa federal Mulheres da Paz, com distribuição de material didático.<br />
No segundo semestre, o MP e gestores firmaram acordo para incluir na grade curricular dos alunos da rede municipal de ensino a temática envolvendo violência doméstica e familiar contra a mulher. Entrevistas frequentes em rádios e TVs fazem parte da estratégia de divulgação tanto da Lei Maria da Penha quanto da existência da promotoria especializada para atendimento à população. (Cristiani Honório / Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)<br />
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<b style="color: #990000;">Não esqueça</b><br />
<span style="color: #660000;">Data: 11 de novembro</span><br style="color: #660000;" /><span style="color: #660000;">Horário: 9h30</span><br style="color: #660000;" /><span style="color: #660000;">Local: Auditório do Tribunal do Júri</span><br style="color: #660000;" /><span style="color: #660000;">Avenida Neilor Rolin, </span><br style="color: #660000;" /><span style="color: #660000;">antiga Av. Sara Kubitscheck, </span><br style="color: #660000;" /><span style="color: #660000;">Qd. MOS, Lt. 07-B, Parque JK, Luziânia</span></span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span style="color: #660000;">Agendamento de cobertura pelo telefone (62) 3243 8499/8307</span><br />
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</span><span style="font-size: small;"><b>Fonte:</b><br />
Assessoria de Comunicação Social<br />
Ministério Público de Goiás<br />
(62) 3243-8499/8498/8307<br />
Fax: (62) 3243-8306<br />
Site: www.mp.go.gov.br </span></div>Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-1200848910131318802011-11-08T01:32:00.002-02:002011-11-09T22:33:03.680-02:00Quilombolas pedem regularização de suas terras durante audiência no Senado<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-1WUo1kBFt30/TriiiLFACJI/AAAAAAAAAO0/cIXPkYe-G30/s1600/QUILOMBOLA-SENADO2+-+7NOV2011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="http://3.bp.blogspot.com/-1WUo1kBFt30/TriiiLFACJI/AAAAAAAAAO0/cIXPkYe-G30/s400/QUILOMBOLA-SENADO2+-+7NOV2011.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Audiência da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH),<br />
presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS).]Quilombolas pedem regularização<br />
de suas terras durante audiência no Senado - (Foto: Senado)</td></tr>
</tbody></table><br />
<b>Brasília </b>- No mesmo dia em que é lançada a Campanha em Defesa dos Direitos do Povo Quilombola, com a realização de uma marcha na Praça dos Três Poderes, o Senado promoveu uma audiência pública sobre o tema. Um dos principais assuntos discutidos na reunião desta segunda-feira (7) foi a regularização das terras quilombolas - que, segundo os representantes dessas comunidades, enfrenta uma série de resistências, as quais estariam resultando até em assassinatos.<br />
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A audiência foi promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH), presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS).<br />
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Segundo a ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir, órgão vinculado à Presidência da República), a questão fundiária "é a mais difícil de todas para os quilombolas" e exige "uma luta inclusive dentro do governo".<br />
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- E é difícil não apenas por sermos negros, mas porque estamos declarando como propriedade coletiva um pedaço do território brasileiro. Trabalhamos contra paradigmas e contra a legislação - argumentou ela.<br />
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De acordo com a Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, há cerca de 3,5 mil comunidades quilombolas identificadas no país, das quais pouco mais de 1,7 mil estão certificadas (a Fundação Cultural Palmares é a responsável pela certificação). Mas a entidade informa que apenas 189 comunidades já obtiveram a titularidade - que dá a garantia legal - sobre as terras.<br />
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A titulação é feita pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Segundo o governo, há no Incra cerca de 1.080 processos de titulação de terras quilombolas.<br />
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- Queremos resolver o problema que o Estado deixou - protestou Ivo Fonseca, coordenador-executivo da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq, entidade que promove a Campanha em Defesa dos Direitos do Povo Quilombola). <br />
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<b>Denúncias</b><br />
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Vários quilombolas denunciaram perseguição por reivindicarem essas terras. Um dos casos citados foi o de Flaviano Pinto Neto, líder quilombola assassinado a tiros no Maranhão - os suspeitos do crime são fazendeiros da região. Em outro caso, integrantes da Marinha foram acusados de fazer ameaças e praticar violências contra os habitantes da comunidade quilombola Rio dos Macacos, na Bahia - a Marinha entrou com uma ação de despejo contra essa comunidade.<br />
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Também houve protestos contra a ação do DEM que questiona, no Supremo Tribunal Federal, a constitucionalidade do Decreto 4.887, de 2003. Esse decreto regulamenta "o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos". Os quilombolas atribuem essa ação às pressões da chamada bancada ruralista. <br />
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<b>Manifestação</b><br />
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Durante a audiência, um grupo de quilombolas fez uma manifestação no Senado, cantando músicas típicas de suas comunidades. Eles chegaram a interromper a audiência pública para protestar contra a falta de espaço para todos e para solicitar que também pudessem se manifestar.<br />
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A reunião foi retomada após os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Paulo Paim (PT-RS) informarem que mais duas salas estavam disponíveis (com telões que transmitiram a audiência) e que os representantes dos quilombolas teriam a oportunidade de se manifestar.<br />
Ricardo Koiti Koshimizu / Agência SenadoNegritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-7599982863933500532011-11-07T23:38:00.000-02:002011-11-07T23:38:19.624-02:00Instituto Rio Branco oferece bolsa para afrodescendentes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-GAgQixUxQUM/TriHxBatYiI/AAAAAAAAAOs/zyM5qCFi4Zk/s1600/itamaraty.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="262" src="http://4.bp.blogspot.com/-GAgQixUxQUM/TriHxBatYiI/AAAAAAAAAOs/zyM5qCFi4Zk/s400/itamaraty.jpg" width="400" /></a></div><br />
O IRBr (Instituto Rio Branco) e o CNPq (Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico) realizam processo seletivo para a concessão de bolsas destinadas ao custeio de estudos de candidatos afrodescendentes para ingresso no concurso de admissão à carreira de diplomata.<br />
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Para participar da seleção é preciso ser afrodescendente; ter idade mínima de 18 anos até o resultado final do processo seletivo; ter curso de graduação ou previsão de conclusão até o final de 2012; estar em dia com as obrigações eleitorais e militares.<br />
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<b>Bolsa</b><br />
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Os aprovados terão direito a Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia no valor de R$ 25 mil (desembolsado parceladamente ao longo do ano de 2012) para o custeio de material bibliográfico e para o pagamento de cursos preparatórios ou de professores especializados nas disciplinas exigidas pelo concurso de admissão à carreira de diplomata.<br />
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<b>Inscrição</b><br />
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Os interessados devem se inscrever, entre 10h do dia 4 de novembro e 23h59 do dia 20 de novembro, no site do Cespe/UnB (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília). O valor da taxa é de R$ 86.<br />
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<b>Prova</b><br />
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A seleção será realizada em duas etapas: prova objetiva com 65 questões de língua inglesa (15), língua portuguesa (20), história do brasil (15) e noções de política internacional (15); e analise de documentação e entrevista técnica.<br />
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As provas objetivas serão aplicadas, às 14h do dia 18 de dezembro, nas cidades de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).<br />
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A segunda etapa do processo seletivo será realizada somente na cidade de Brasília (DF). Os candidatos selecionados para a segunda etapa receberão passagens aéreas de ida e volta e ajuda de custo. O resultado final da seleção será divulgado no dia 22 de março de 2012.<br />
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<b>Mais informações: http://www.cespe.unb.br/concursos/irbrbolsa2011</b>Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-43788501148281970712011-11-07T23:15:00.000-02:002011-11-07T23:15:25.399-02:00Movimento negro realiza congresso<b>Brasília -</b> Com o tema Negros e negras compartilhando o poder a União de Negros pela Igualdade (Unegro) promove, entre os dias 10 e 13 de novembro, a 4ª edição de seu Congresso Nacional, no Centro de Convenções Ulysses Gumarães, em Brasília. Debates discutirão estratégias a serem utilizadas para que a população negra tenha maior participação nos destinos da nação.Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-48387458495790855112011-11-07T23:12:00.000-02:002011-11-07T23:12:47.664-02:00Serra da Barriga se prepara para festejar o 20 de novembro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-3WQUsN9VBGM/TriB1WoF8vI/AAAAAAAAAOk/axc1gb1au5U/s1600/serra+da+barriga.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="271" src="http://4.bp.blogspot.com/-3WQUsN9VBGM/TriB1WoF8vI/AAAAAAAAAOk/axc1gb1au5U/s400/serra+da+barriga.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><i></i></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><i>Programação começa dias 12 e 13, com a celebração da vida e obra de Abdias Nascimento, um dos maiores líderes negros do Brasil</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-x7wC22XjC-g/TriBapn28II/AAAAAAAAAOc/VOPVEkTfSUA/s1600/abdias+do+nascimento3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br />
</a></div><a href="http://1.bp.blogspot.com/-x7wC22XjC-g/TriBapn28II/AAAAAAAAAOc/VOPVEkTfSUA/s1600/abdias+do+nascimento3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-x7wC22XjC-g/TriBapn28II/AAAAAAAAAOc/VOPVEkTfSUA/s1600/abdias+do+nascimento3.jpg" /></a><br />
<b><span style="font-size: x-small;">Bleine Oliveira | Gazeta de Alagoas - Repórter</span></b><br />
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É novembro e a faixa de terra onde negros, índios e brancos conviveram em harmonia e liberdade, há mais de 300 anos, um refúgio seguro para escravos fugidos, a Serra da Barriga, no município de União dos Palmares, é novamente reverenciada como o farol da liberdade e da resistência humana. Os olhos do Brasil e de muitos países, principalmente da África, voltam-se para a Serra onde Zumbi dos Palmares conquistou seu espaço na história.<br />
A programação preparada pela Fundação Cultural Palmares (FCP), por meio de sua representação regional em Alagoas, começa no próximo fim de semana, dias 12 e 13, com a celebração da vida e da obra de Abdias Nascimento, um dos maiores líderes negros do Brasil, que morreu em maio último. Suas cinzas serão misturadas à terra durante o plantio de uma muda de baobá, árvore sagrada do povo africano.<br />
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Para receber a multidão que deve vir a Alagoas, estão sendo providenciados reparos no Parque Memorial Zumbi dos Palmares, espaço que, junto com todo o sítio formado pela Serra, foi transformado pelo governo brasileiro em Patrimônio Histórico, Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. O tombamento ocorreu em 1986. O parque é aberto à visitação, mas nem o governo de Alagoas nem a Prefeitura de União dos Palmares investiram ainda o necessário para assegurar vida cultural e histórica permanente como atrativo aos visitantes.<br />
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<b>Parque receberá cinzas de líder</b><br />
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No próximo dia 12, iniciam-se as festividades do mês da consciência negra, quando autoridades e convidados visitam a serra em uma intensidade que bem poderia ser rotina ao longo do ano. O ponto de partida das comemorações está sob responsabilidade do Projeto Raízes de Áfricas. Com o apoio da Fundação Cultural Palmares, do governo do Estado e da Prefeitura de União dos Palmares, o projeto realiza, em Maceió e União dos Palmares, a cerimônia de homenagem a Abdias Nascimento.<br />
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Deputado federal, secretário estadual, senador, pintor autodidata, escritor, jornalista, professor benemérito da Universidade do Estado de Nova York e doutor Honoris Causa pelo Estado do Rio de Janeiro e pela Universidade de Brasília, Abdias dedicou a vida à luta pelos direitos do povo negro do Brasil. Sua militância será reconhecida no Ìgbà Àbídí – 1º Seminário Afro-Brasileiro: Celebração da Vida e Obra de Abdias Nascimento, marcado para sábado (12), às 9 horas, na Faculdade Integrada Tiradentes, na cidade de Maceió.<br />
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<b>Causa merece mais atenção da sociedade</b><br />
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Responsável pela representação da FCP/AL, Genisete de Lucena Sarmento também cuida da manutenção do Parque Memorial. Embora reconheça que o trabalho de preservação precisa ser permanente, e não apenas em novembro, ela ressalta que muito já foi feito ao longo dos anos que se sucederam ao tombamento da Serra da Barriga.<br />
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Mas não deixa de manifestar a compreensão de que o governo de Alagoas, a Prefeitura de União dos Palmares e, principalmente, o governo federal poderiam dedicar maior atenção ao sítio arqueológico. “É um processo longo, estamos avançando, mas o Brasil ainda está longe de ser um País consciente de sua negritude”, disse Genisete.<br />
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Com seus 560 metros de altitude, o Quilombo dos Palmares foi fundado pela princesa angolana Aqualtune (mãe de Ganga Zumba), que, grávida, fugiu de um engenho em Porto Calvo e desbravou a região. São fatos históricos pouco conhecidos, da mesma forma que a história dos negros no Brasil é mantida sob o manto do desconhecimento.<br />
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Falta de investimento no Quilombo dos Palmares é criticada</b><br />
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Definindo-se como admirador profundo do líder negro Zumbi dos Palmares, Diógenes Tenório afirma que é preciso fazer um exercício profundo de imaginação para compreender a coragem daquele homem que sonhava com a liberdade e, para conquistá-la, enfrentava o poder imperial e toda a estrutura da época. “Uma luta absolutamente desigual. Uma insurreição tão forte que ecoou mundo afora”, avalia o juiz de direito.<br />
Para ele, diante do que representa como símbolo humano de luta por liberdade, a Serra da Barriga merece mais atenção e investimentos.<br />
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O presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL), Wellington Galvão, junta sua voz aos dois outros alagoanos para criticar a falta de investimentos tanto da União quanto do governo de Alagoas, naquele sítio arqueológico. “Lamentavelmente, as ações são acanhadas, longe do valor que tem a Serra da Barriga e o que ela representa”, declara o dirigente.Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-91394075995872751332011-11-07T23:05:00.000-02:002011-11-07T23:05:24.005-02:00Unesco lança concurso para memorial permanente em homenagem a escravos negros<div style="text-align: center;"><i>"A obra premiada no termo desta competição será montada num espaço público prestigioso, na sede das Nações Unidas, em Nova York, nas margens de East River", anunciou a Unesco</i></div><br />
<b><span style="font-size: x-small;">Da Redação, com Panapress</span></b><br />
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<b>Dakar –</b> Um concurso internacional visando a criação de um memorial permanente na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos, em homenagem a vítimas do tráfico transatlântico de escravos negros foi lançado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em colaboração com o Comité do Memorial Permanente.<br />
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O concurso inscrito no Ano Internacional das Pessoas Descendentes Africanos, que se celebra neste ano, diz respeito a artistas, designers, escultores e outros profissionais das artes visuais.<br />
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Sob o lema "Reconhecer a tragédia e tomar consciência da herança para não esquecer", o projecto visa inscrever esta tragédia na memória coletiva da Humanidade e evidenciar melhor as contribuições das vítimas de escravatura e o tráfico de escravos negros para a construção do mundo moderno, indica o comunicado.<br />
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"A obra premiada no termo desta competição será montada num espaço público prestigioso, na sede das Nações Unidas, em Nova York, nas margens de East River", anunciou a Unesco.<br />
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O vencedor será anunciado em meados de 2012 e o prémio destinado ao melhor projeto é de 50 mil dólares.Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-86504600196579988852011-11-07T23:01:00.000-02:002011-11-07T23:01:13.930-02:00Mostra em São Paulo apresenta primeiros filmes protagonizados por negros<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-JrkO9apvPaU/Trh_A7ouJzI/AAAAAAAAAOU/BPMmRak5m5g/s1600/Cinema.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-JrkO9apvPaU/Trh_A7ouJzI/AAAAAAAAAOU/BPMmRak5m5g/s400/Cinema.jpg" width="318" /></a></div>Produções cinematográficas de baixo orçamento e que colocaram a cultura negra em destaque a partir dos anos 1970 são o tema da mostra Tela Negra: O Cinema do Blaxpoitation, que será exibido em duas salas de cinema de São Paulo até 24 de novembro, como parte das comemorações pelo Mês da Consciência Negra no Brasil. A mostra teve início na última quinta-feira (3), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde permanece até 13 de novembro, seguindo depois para o Cinesesc.<br />
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O blaxpoitation foi um movimento no cinema que possibilitou o surgimento do protagonista negro nas telas. Esse cinema marginal e ligado à música soul refletiu os sentimentos da juventude da época, a efervescência da cultura negra americana, que na década anterior acompanhou a explosão do movimento em defesa dos direitos civis dos negros, liderado por Martin Luther King e Malcolm X. “É uma retrospectiva dos filmes da blaxpoitation, que surgiram nos anos 1970, nos Estados Unidos, e que foi um momento em que os grandes estúdios estavam em falência. São filmes de baixo orçamento, alguns com diretores negros - todos com elenco negro - e que fizeram grande sucesso”, explicou Vik Birkbeck, curadora da mostra.<br />
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“São filmes multicoloridos, com uma estética meio estourada. O blaxpoitation carrega não só nas cores, como também nos figurinos com os [cabelos] afro imensos e os saltos plataforma usados tanto por mulheres quanto por homens”, destacou Vik. Mais tarde, o blaxpoitation influenciou a moda, a cultura hip hop e até mesmo o cinema atual, principalmente os filmes assinados por Quentin Tarantino, como Pulp Fiction e Jackie Brown. “Quando ele fez Jackie Brown, em 1997, ele fez uma homenagem ao movimento”, disse.<br />
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O primeiro filme que surgiu desse movimento foi Rififi no Harlem, de Ossie Davis, em 1970, que será exibido na mostra. “Foi um filme de baixo orçamento, que fez US$ 15 milhões na bilheteria”, citou a curadora. Outro que teve grande sucesso foi Super Fly, de Gordon Parks Jr., que desbancou O Poderoso Chefão do topo das bilheterias em 1972.<br />
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Segundo ela, os filmes desse movimento rompem com a presença do negro no cinema apenas como coadjuvante ou em papel de empregado. O pano de fundo político e as cenas violentas influenciam, até hoje, o gênero policial no cinema. “Os filmes da blaxpoitation mostram rebeldia: tem o cafetão, o traficante, o bandido, um detetive que dá tiros a toda hora. Tem o transgressor, tem muito xingamento. É o primeiro momento em que o negro tem sensualidade [na tela]. Os filmes apresentam uma explosão de sensualidade, de linguagem e de violência”, disse a curadora.<br />
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Um dos objetivos da mostra é promover debates sobre a influência do cinema afro-americano dos anos 1970 na construção da imagem negra internacional e no Brasil. Na noite da próxima quinta-feira (10), um debate será realizado no CCBB de São Paulo e, no dia seguinte, no CCBB do Rio de Janeiro. “Acho que no Brasil é fundamental ter essa discussão porque embora o país tenha a segunda maior população negra do mundo, atrás da Nigéria, proporcionalmente vemos poucas imagens negras. Sou inglesa e, na Inglaterra, onde a população negra é claramente minoritária, vemos mais apresentadores negros na televisão do que aqui, o que é um absurdo”, disse Vik.<br />
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Quinze filmes serão apresentados na mostra, entre eles Jackie Brown, de Tarantino, e Shaft – O Filme, de Gordon Parks. Outro título que será apresentado é o documentário musical Wattstax, que causou furor entre a juventude black carioca e paulista na década de 70. “Era o momento do movimento soul e muita gente se identificou com isso. No Rio de Janeiro, teve filas que deram a volta no quarteirão porque muita gente queria ver esse filme”, contou.<br />
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A mostra estará também, até o dia 13 de novembro, no CCBB do Rio de Janeiro. O preço dos ingressos varia de R$ 2 (meia-entrada cobrada no CCBB de São Paulo) a R$ 12.<br />
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Da Agência BrasilNegritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-41929324696603536862011-11-07T22:54:00.000-02:002011-11-07T22:54:21.988-02:00Câmara comemorará Dia da Consciência Negra em sessão solene<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-FYd7CzRD-pY/Trh9pp5WXYI/AAAAAAAAAOM/SGeDrnlTCQA/s1600/Zumbi+dos+Palmares.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-FYd7CzRD-pY/Trh9pp5WXYI/AAAAAAAAAOM/SGeDrnlTCQA/s320/Zumbi+dos+Palmares.jpg" width="194" /></a></div>A Câmara promove na sexta-feira (11), às 10h, sessão solene em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro), no plenário Ulisses Guimarães. A data homenageia o líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi.<br />
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A Lei nº10.639, de 2003, que incluiu a comemoração no calendário escolar dos níveis fundamental e médio, também tornou obrigatório o ensino sobre história e cultura afro-brasileiras e de temas como história da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional.<br />
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A sessão foi proposta pelo deputado Edson Santos (PT-RJ). Ele lembra que a instituição da data é “uma conquista do movimento negro brasileiro” e marca não apenas a importância da cultura negra para o País, mas também a luta para que as dívidas históricas com a população negra sejam reconhecidas.<br />
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A sessão solene, segundo ele, integra a luta por “reparações, ações afirmativas, políticas públicas e outras ações para reduzir as desigualdades raciais que ainda permeiam a nossa sociedade”.<br />
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<b><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Fonte: Agência Câmara</span></span></b>Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8395864655237873925.post-51304158167397255832011-10-19T15:05:00.000-02:002011-10-19T15:05:14.388-02:00Conferência Distrital de Mulheres começa na sexta-feira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-hqS4n1u1iJU/Tp8Cl7pohgI/AAAAAAAAAOE/OS8wWUIsVbM/s1600/CONF+MULHER.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" rda="true" src="http://2.bp.blogspot.com/-hqS4n1u1iJU/Tp8Cl7pohgI/AAAAAAAAAOE/OS8wWUIsVbM/s1600/CONF+MULHER.JPG" /></a></div>A 3ª Conferência Distrital de Políticas para as Mulheres do Distrito Federal começará amanhá, e vai até domingo, no Museu da República Honestino Guimarães. Para a abertura que ocorrerá às 19h desta sexta-feira, são esperadas autoridades das diversas esferas do Executivo, Legislativo e Judiciário, além de expressivo número de mulheres e movimentos sociais de todas as regiões do DF. No sábado (22), os trabalhos começam com a votação do Regimento da Conferência e, em seguida, serão realizadas mesas redondas, atividades em grupo, rodas de conversas conforme temário elencado para a 3ª Conferência.<br />
No domingo (23), acontecerá uma grande plenária onde haverá a discussão e votação dos resultados dos grupos e a escolha das delegadas que representarão o Distrito Federal na Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.<br />
Durante o evento sucederão momentos de homenagens a mulheres que tiveram sua trajetória voltada para a luta por um mundo de iguais, ou que prestam serviços relevantes à causa da emancipação das mulheres. Também serão homenageadas mulheres que foram vitimadas recentemente no DF, tornando-se ícones contemporâneos contra a violência doméstica.<br />
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<strong>PROGRAMAÇÃO -21 de outubro de 2011 – sexta-feira</strong>17h - Credenciamento<br />
19h30 – ATO DE ABERTURA e homenagens<br />
22h - Jantar<br />
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<strong>Dia 22 de outubro – sábado</strong><br />
<blockquote>8h30 - Plenária para votação do Regimento da III CDPM<br />
9h45 - Pausa para o café<br />
10h Mesa Redonda: “O Desenvolvimento do Distrito Federal e o Protagonismo das Mulheres”<br />
Painelistas:<br />
• Professora Doutora Lourdes Bandeira – UnB<br />
• Olgamir Amância – Secretária de Estado da Mulher – DF<br />
• Arlete Sampaio – Secretária de Estado do Desenvolvimento Social e Transferência de Renda – SEDEST- DF<br />
• Josefina dos Santos – Secretária de Promoção da Igualdade Racial. – SEPIR-DF<br />
• Fórum de Mulheres do Distrito Federal<br />
• Marcha Mundial de Mulheres<br />
• União Brasileira de Mulheres<br />
12h30 – ALMOÇO<br />
14h - Trabalho em grupos</blockquote><br />
<strong>Total de 10 grupos conforme os tópicos elencados no Temário da III CDPM</strong><br />
<blockquote>1- Autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho com inclusão social;<br />
2- Educação inclusiva, não sexista, não racista, não homofóbica, não lesbofóbica;<br />
3- Saúde das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos;<br />
4- Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres;<br />
5- Participação das mulheres nos espaços de poder e decisão;<br />
6- Desenvolvimento sustentável no meio rural e na cidade, com justiça social e ambiental, e segurança alimentar;<br />
7- Direito à terra e à moradia digna com toda a infraestrutura social , considerando as realidades específicas dos meios rural e urbano e comunidades tradicionais;<br />
8- Cultura, comunicação e mídia igualitárias democráticas e não discriminatórias ;<br />
9- Enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia;<br />
10- Enfrentamento das desigualdades geracionais, com atenção especial às jovens e idosas.<br />
18h - Encerramento dos trabalhos dos grupo</blockquote><strong>Dia 23 de outubro- Domingo</strong><br />
<blockquote>8h – Café da manhã<br />
9h – Plenária para discussão e votação dos resultados dos grupos<br />
12h – Almoço<br />
14h - Escolha das delegadas para a III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres<br />
15h - Encerramento dos trabalhos da III CDPM</blockquote>Negritudehttp://www.blogger.com/profile/02240713765167857925noreply@blogger.com0