23 de abril de 2011

Homicídios ficam estáveis no país, mas crescem entre negros

Cirilo Júnior
Do Rio


Apesar de o número de homicídios no país permanecer estável nos últimos anos, o número de negros assassinados não para de subir, revela o Relatório Anual das Desigualdades Sociais.A probabilidade de um homem preto ou pardo morrer assassinado é mais do que o dobro se comparado a de um indivíduo que se declara branco.Enquanto os homicídios entre homens brancos vêm caindo ao longo dos últimos anos, o movimento entre negros e pardos é inverso.Em 2001, homens pretos ou pardos representavam 53,5% do total. Ao mesmo tempo, os brancos significavam 38,5%.Já em 2007, do total de homicídios registrados, 64,09% eram de negros. Já a proporção de brancos recuou para 29,24%.

Em 2007, para cada 100 mil habitantes, 59,8 homens pretos ou pardos morreram assassinados. Entre a população masculina branca, essa proporção 29,2 homens mortos a cada 100 mil habitantes. No início da década, foram registrados 44.105 mil homens assassinados. Em 2007, esse dado ficou estatisticamente estável, recuando para 43.938. Entre as mulheres, a razão de mortalidade das pretas ou pardas era 41,3% superior à observada entre as mulheres brancas, segundo os dados de 2007. O estudo, desenvolvido pela UFRJ, foi feito a partir de dados do Ministério da Saúde e da Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios).


Fonte: Folha.com/edição de 19/4

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