Por Zulmira Quinté
Recentemente, a população negra, que representa 51% do total de brasileiros, foi publicamente ofendida. A agressão foi direcionada às mulheres negras do país, quando associadas à promiscuidade. Na sequência, um pastos evangélico e deputado federal qualificou todos de "amaldiçoados".Embora eles sejam os únicos que diariamente agridem os negros e negras do país por meio de atitudes ou decisões racistas, discriminatórias, ofensivas, sobressairam-se no cenário nacional por estar no Congresso Nacional.
A reação foi imediata, dentro e fora, de setores que abominam esse tipo de comportamento preconceituoso. Em diferentes pontos do país, os afrodescendentes organizados estão mobilizados e cobram das autoridades providências enérgicas para que tais ofensas não se repeitam. Não reivindicam nada que não seja a aplicação da legislação vigente no país.Exigem, em lugar da tolerância, respeito.
Há uma semana, diversas entidades brasilienses pressionaram os deputados federais para que os autores da declarções insidiosas sejam cassados.Nesta quarta-feira (13/4), em Salvador, foi a vez do movimento negro baiano também ir às ruas contra o racismo, a intolerância e homofobia.
Em 25 de maio, líderes de instituições religiosas de matriz africana, ativistas e colaboradores deverão compor a Marcha Nacional contra a Intolerância. O grupo cobrará do Congresso Nacional e das autoridades o cumprimento, apenas isso, da Constituição e das leis existentes que estabelecem punições para quem é racista e preconceituoso. Há leis ainda ignoradas que instituem políticas públicas nos campos da educação e da saúde direcionadas à população negra. Exigiram apenas o cumprimento da lei. Nada mais.
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